terça-feira, 6 de abril de 2010

Primeiro templo ptolemaico descoberto em Alexandria

Uma missão arqueológica egípcia descobriu em Alexandria restos de um templo ptolemaico dedicado à deusa Bastet, cuja construção remonta ao século III a.C.. 

De acordo com um comunicado emitido pelo Conselho Supremo de Antiguidades egípcio (CSA), os arqueólogos, liderados por Mohamed Abdel Maqsud, director de Antiguidades do Baixo Egipto, também  desenterraram 600 objectos relacionados com a época em questão.

A descoberta aconteceu durante escavações de rotina na zona de Kom al Dika (Alexandria) , dentro de um recinto militar e, de acordo com Zahi Hawas, secretário do CSA, o templo tem 60 metros largura e 15 de comprimento e foi destruído no último período da era ptolemaica, quando foi usado como pedreira, levando ao desaparecimento de muitos dos seus blocos de pedra.

De entre os objectos resgatados por 18 membros da expedição constam a figura de Bastet, deusa da protecção e da maternidade, representada como um gato,  o que indica, segundo Abdel Maqsud, que o templo foi dedicado a esta divindade.

O mesmo sublinha que foram encontradas três estátuas de Bastet em três pontos diferentes da escavação, junto a outras figuras de um menino e de uma mulher esculpidas em pedra.Encontraram- se ainda vasos de barro e estátuas de bronze e cerâmica de várias divindades do antigo Egipto, bem como figuras em terracota dos deuses  Harpócrates e Ptah.

O comunicado explica que as escavações realizadas anteriormente neste local revelaram que a origem deste templo, o primeiro da era ptolemaica que se descobriu em Alexandria dedicado à deusa Bastet, pode remontar à época da rainha Berenice.

Foi dado também relevo a  uma base de granito de uma estátua em que uma inscrição em grego indica que a escultura pertencia a um alto funcionário ptolemaico  da época de Ptolomeu IV (222-205 a.C.), sucessor de Ptolomeu III (246-22) e filho de Berenice.Na opinião de Maqsud, essa estátua foi erguida para comemorar a vitória egípcia contra a Grécia na batalha de Ráfia, no ano 217 a.C..

Foram encontradas ainda diversas estruturas, entre as quais um tanque de água da era romana, um conjunto de poços de 14 metros de profundidade, canais de pedra e os restos de uma banheira antiga.

Abdel Maqsood acredita que esta descoberta é a primeira pista sobre a verdadeira localização dos aposentos reais das dinastias que governaram esta antiga cidade do Mediterrâneo.

Fonte: http://www.cienciah oje.pt/index. php?oid=38826&op=all#cont

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