quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Biblioteca Britânica coloca manuscritos gregos na internet

Seg, 27 Set, 10h54

LONDRES (Reuters Life!) - A Biblioteca Britânica, em Londres, colocou na internet mais de um quarto dos seus manuscritos gregos, totalizando 280 volumes, em mais um passo rumo à digitalização completa desses importantes documentos antigos.

Os manuscritos, disponibilizados gratuitamente no site www.bl.uk/manuscripts, são parte de uma das mais importantes coleções localizadas fora da Grécia para o estudo de mais de 2 mil anos de cultura helênica.

A biblioteca detém um total de mais de mil manuscritos gregos, mais de 3 mil papiros e uma abrangente coleção de impressos arcaicos gregos.

As informações ali presentes interessam a acadêmicos que trabalham com literatura, história, ciência, religião, filosofia e arte do Mediterrâneo Oriental durante os períodos clássico e bizantino.

"Isso é exatamente o que todos esperávamos da nova tecnologia, mas raramente tínhamos", disse Mary Beard, professora de cultura clássica da Universidade de Cambridge.

"Isso abre um recurso precioso para qualquer um -- do especialista ao curioso -- em qualquer lugar do mundo, gratuitamente."

Entre os destaques do acervo digitalizado estão os Salmos de Theodore, altamente ilustrados, produzidos em Constantinopla em 1066, e as fábulas de Babrius, descobertas em 1842 no monte Atos, que contêm 123 fábulas de Esopo corrigidas pelo grande acadêmico bizantino Demetrius Triclinius.

A iniciativa, financiada pela Fundação Stavros Niarchos, se soma a outros projetos da biblioteca para ampliar a divulgação de documentos antigos, frágeis e raros.

Outros projetos digitais incluem um caderno de Leonardo da Vinci, do século 16, e o Codex Sinaiticus, do século 4., contendo a mais antiga cópia completa do Novo Testamento.

(Reportagem de Mike Collett-White)
Fonte: Yahoo Entrenenimento

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Cientistas recriam face de menina grega morta há 2,5 mil anos


  • Face de menina grega morta há 2,5 mil anos recriada em computador

    Face de menina grega morta há 2,5 mil anos recriada em computador
Cientistas reconstruíram o rosto de uma menina grega de 11 anos que morreu no ano 430 a.C.,  há quase 2,5 mil anos.
O esqueleto da menina, batizada pelos cientistas de Myrtis, foi encontrado em uma antiga vala comum em Atenas durante as obras para a construção do metrô em 1995. Na vala ainda estavam 150 homens, mulheres e crianças.
Usando uma tecnologia 3D, geralmente usada para múmias egípcias, os cientistas conseguiram reconstruir a face de Myrtis a partir de seu crânio.
O professor e ortodontista da Universidade de Atenas, Manolis Papagrigorakis, afirma que eles conseguiram o crânio intacto da menina, com a mandíbula, dentes e até os dentes de leite, o que ajudou na reconstrução. O professor acrescenta que eles conseguiram chegar a 95% de aproximação com a realidade.
Os cientistas retiraram amostras de DNA dos dentes de outros crânios encontrados na vala em Atenas e concluíram que eles morreram de febre tifoide, uma doença que matou muitos naquele período da história da Grécia.
O rosto de Myrtis vai ficar exposto em Atenas. E a Organização das Nações Unidas (ONU) a transformou em uma representante das Metas do Milênio da organização, para aumentar a conscientização para saúde infantil.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

AP Interview: Acropolis' Nike temple rises again

ATHENS, Greece — After a decade-long facelift, the ancient Greek temple of Athena Nike is back up, patched up and unfettered on the Acropolis.
The slender marble building first erected in the 5th century B.C. was unburdened of its scaffolding in recent days — 10 years after being completely dismantled for repairs.
Unlike other ancient monuments battered by war or natural disaster, the four-columned temple near the entrance of the world-renowned Athens citadel fell prey to the best of intentions: Previous restorations simply hadn't stood the tests of time.
Athena Nike had two dates with restoration crews over the last two centuries — one in 1935, another in the 1830s — and the latest top-to-bottom refurbishment was aimed to fix mistakes from previous restoration efforts for good.
"We have used the latest technology, following successful experimentation with stress and aging," project head Dionysia Mihalopoulou told The Associated Press on the Acropolis on Tuesday. "The choice and use of materials was the best possible, they will not corrode."
The 1935 restoration involved extensive use of concrete and iron joints to hold the marble blocks together. When the iron rusted, the marble cracked, threatening the temple's long-term survival. This time, the iron was switched for titanium — a metal as strong as steel, but much more resistant to corrosion.
"This third restoration was dictated by extensive damage and structural problems, both in the foundations and the upper structure," said Mihalopoulou, a civil engineer.
Starting in 2000, workers took down 315 marble sections weighing up to 2-1/2 tons, laying bare a concrete foundation slab that was replaced by a stainless steel grid. Crews replaced the concrete additions with sections of new marble from ancient quarry sites — whose brilliant white contrasts with the old stone's patina in places like the walls and columns to make clear they are modern additions.
Every block was returned to the original position selected by the temple's ancient architects.
Built between 427-424 B.C., while Athens was fighting Sparta for control of the Greek world, the building was dedicated to the city's patron goddess Athena in her revered capacity to bring victory in battle. The Athenians lost the war. But the compact little temple survived intact until the late 17th century, when it was demolished to provide material for a gun emplacement. It was rebuilt after Greece's independence from Ottoman rule in 1829.
The repairs were part of an Acropolis conservation and restoration project begun in the 1970s for all three of the site's temples, using funds from the Greek government and European Union. Work has already finished on the Erechtheion temple and the citadel's monumental gate, while scaffolding will remain on the Parthenon — the best-known of the three — for several years.
Clique aqui para ver o original.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Arqueólogos afegãos encontram sítio budista

Arqueólogos do Afeganistão, onde militantes islâmicos do Taliban combatem forças estrangeiras e do governo, descobriram restos da era budista numa área ao sul de Cabul, disse uma autoridade na terça-feira.

"Há um templo, estupas [torres], belas salas, estátuas grandes e pequenas, duas delas com sete e nove metros de comprimento, afrescos coloridos, ornamentados com ouro, e algumas moedas", disse Mohammad Nader Rasouli, diretor do Departamento Arqueológico Afegão."Algumas das relíquias remontam ao século 5º. Nos deparamos com sinais de que há itens que remontam à era antes de Cristo ou à pré-história", disse ele. "Precisamos de assistência estrangeira para preservar isso, e seu conhecimento para nos ajudar com novas escavações."

O sítio arqueológico se estende por mais de 12 quilômetros na região de Aynak, província de Logar, um pouco ao sul de Cabul. Nessa mesma área a China está extraindo cobre, como parte de seus bilionários investimentos no país.

Rasouli disse que a mineração não danificou o sítio - que já era conhecido, embora não houvesse sido examinado em detalhes -, mas que contrabandistas saquearam e destruíram algumas relíquias antes do início das escavações, no ano passado.

Na época em que o Taliban governava o Afeganistão (1996-2001), os religiosos radicais destruíram os gigantescos Budas de Bamyan, por entenderem que as estátuas eram uma afronta ao Islã. Muitos outros sítios históricos foram destruídos ou pilhados durante décadas de guerras civis e intervenções estrangeiras.

Hoje quase totalmente muçulmano, o Afeganistão já passou, durante sua longa história, por períodos em que os credos dominantes eram o hinduísmo, o budismo e o zoroastrismo. Rasouli disse que o governo não tem recursos para transferir as relíquias do lugar onde estão, que tem registrado alguns confrontos armados. Segundo ele, a intenção é no futuro construir um museu no local.

Esta notí­cia foi publicada em 17/08/2010 no sítio bol.uol.com.br. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.