Você sabia que a batata, o cravo, o milho e diversos outros produtos mudaram a sua vida e a da sua família por gerações? É o que mostra o novo livro de Tom Standage, Uma história comestível da humanidade.
Segundo o autor, a História pode ser vista por diversos pontos, e um deles é através dos alimentos. Há uma lógica muito simples para convencer o leitor, o homem precisa de comida para viver, logo, ela é estrutural nas relações sociais desde a pré-história até os nossos dias. As primeiras civilizações se constituíram pela alimentação. Os coletores e caçadores, os primeiros agricultores, as religiões que celebravam a fartura são exemplos de como o alimento era uma influência no cotidiano das pessoas. Depois, a busca por especiarias acaba por globalizar o mundo. A América é descoberta e novos produtos passam a fazer parte da mesa dos europeus, dos ameríndios e dos africanos.
Mas não se engane pelo nome chamativo do livro. O editor de negócios e tecnologia da revista The Economist tem muitas reflexões sobre o destino da humanidade, demonstrando que a comida não tem somente um lado bom. A industrialização a modificou e a transformou em objeto de consumo, por vezes, supérflua. Os alimentos podem gerar guerra por uma contradição básica: poucos tem muito e muitos não têm o suficiente para suas necessidades básicas. Hoje, a culinária e os mais diversos alimentos são globalizados, contudo o acesso ainda é restrito. Com uma população que cresce absurdamente, principalmente nos países menos desenvolvidos, haverá alimentos para todos? E a qualidade desses alimentos? Transgênicos, alimentos orgânicos e novos produtos criados pelo homem continuarão modificando a história do mundo e de seus habitantes.
Este é o segundo livro de Tom Standage sobre história. Na mesma linha dessa obra mais recente e que já é sucesso garantido, o jornalista publicou o best-seller História do mundo em seis copos. Mais um livro para os amantes de história se deliciarem.
STANDAGE, Tom. Uma história comestível da humanidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2010. Preço médio: R$ 36,00
Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional
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