Companheiros e companheiras, educadores e educadoras do Estado do Paraná!
Depois que saí da SEED (JUNHO DE 2010) tenho pensado muito no conceito de reificação.
A origem deste conceito está em Marx e outros marxianos e, se deve a explicação de que na economia capitalista o trabalho humano torna-se simples atributo de uma coisa, ou seja, mercadoria.
O trabalho transformado em mercadoria, torna-se propriedade e o trabalhador é alienado de sua própria realização. Este conceito tem me feito pensar nas produções, de nós professores da rede pública estadual paranaense nos últimos 08 anos: Projeto Folhas, OAC, Diretrizes Curriculares, Livro Didático Público, produções dos professores PDE, cadernos pedagógicos, etc.
Tudo isso é trabalho pedagógico e intelectual. Mas que, em algum momento tornou-se mercadoria, produto. Nosso trabalho foi reificado.
Vejo duas consequências para isso:
1- A primeira foi a apropriação que as chefias da SEED e os políticos fizeram de nossa produção, tornando-as mais-valia. Tornando produto - mercadoria- o que era processo tiraram daí proveito próprio de nossa produção, seja para a manutenção dos próprios cargos, seja como propaganda político-partidária de governo.
2- Outra consequência acaba ocorrendo no momento em que há a troca de governo. O governo que assume vê nas produções dos professores (verdadeiros autores) um produto - mercadoria - do outro governo. Como produto, a mercadoria carrega o marketing político do adversário. Deste modo as produções dos antes chamados "sujeitos epistêmicos" como antes, não têm o reconhecimento de sua autoria e acabará sendo jogado fora como mercadoria sem valor.
Sei que para alguns está minha análise pode parecer muito pessimista. Eu a torno pública pois participei desse processo, e como professor e pesquisador acredito que este foi um grande trabalho e que as DCE, LDP, etc... não poderão ser negadas. Quem pretender falar em currículo da escola pública paranaense terá que considerar a história, feita por muitos trabalhadores da educação e não por um iluminado ou iluminada, embora eles ou elas insistam em querer parecer ser.
Insisto que precisamos debater esta questão, mesmo que virtualmente. O motivo da negação de nossas produções é o mesmo que nos possibilitou atuar no aparelho de Estado - o trabalho intelectual transformado em mercadoria.
Abs a todos e todas!
Texto escrito por: Ademir Pinhelli Mendes
http://lattes.cnpq.br/ 5196620535287885
Depois que saí da SEED (JUNHO DE 2010) tenho pensado muito no conceito de reificação.
A origem deste conceito está em Marx e outros marxianos e, se deve a explicação de que na economia capitalista o trabalho humano torna-se simples atributo de uma coisa, ou seja, mercadoria.
O trabalho transformado em mercadoria, torna-se propriedade e o trabalhador é alienado de sua própria realização. Este conceito tem me feito pensar nas produções, de nós professores da rede pública estadual paranaense nos últimos 08 anos: Projeto Folhas, OAC, Diretrizes Curriculares, Livro Didático Público, produções dos professores PDE, cadernos pedagógicos, etc.
Tudo isso é trabalho pedagógico e intelectual. Mas que, em algum momento tornou-se mercadoria, produto. Nosso trabalho foi reificado.
Vejo duas consequências para isso:
1- A primeira foi a apropriação que as chefias da SEED e os políticos fizeram de nossa produção, tornando-as mais-valia. Tornando produto - mercadoria- o que era processo tiraram daí proveito próprio de nossa produção, seja para a manutenção dos próprios cargos, seja como propaganda político-partidária de governo.
2- Outra consequência acaba ocorrendo no momento em que há a troca de governo. O governo que assume vê nas produções dos professores (verdadeiros autores) um produto - mercadoria - do outro governo. Como produto, a mercadoria carrega o marketing político do adversário. Deste modo as produções dos antes chamados "sujeitos epistêmicos" como antes, não têm o reconhecimento de sua autoria e acabará sendo jogado fora como mercadoria sem valor.
Sei que para alguns está minha análise pode parecer muito pessimista. Eu a torno pública pois participei desse processo, e como professor e pesquisador acredito que este foi um grande trabalho e que as DCE, LDP, etc... não poderão ser negadas. Quem pretender falar em currículo da escola pública paranaense terá que considerar a história, feita por muitos trabalhadores da educação e não por um iluminado ou iluminada, embora eles ou elas insistam em querer parecer ser.
Insisto que precisamos debater esta questão, mesmo que virtualmente. O motivo da negação de nossas produções é o mesmo que nos possibilitou atuar no aparelho de Estado - o trabalho intelectual transformado em mercadoria.
Abs a todos e todas!
Texto escrito por: Ademir Pinhelli Mendes
http://lattes.cnpq.br/
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