terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Caverna da Cambota (Índio) Mandaguari-Pr

No dia 13 de fevereiro, uma equipe do Museu (na foto: Leonardo, Leandro, Toninho e Alexandre) esteve em busca de cavernas da região de Mandaguari. O objetivo era chegar à caverna do Cambota (6km do centro de Mandaguari) e à caverna do Keller (14km do centro). O grupo queria encontrar resquicios líticos e cerâmicos de indígenas que habitaram a região de Mandaguari. Há pouquíssima informação sobre essas cavernas, quer entre os habitantes locais, quer no meio científico, o que dificulta sua localização e levantamento de dados.

Na busca, encontramos apenas a caverna do Cambota, que devido ao fato de ser muito apertada não passamos do segundo mini-salão. Há um processo de assoreamento da caverna, pois a água da chuva leva terra ao interior da mesma. Não conseguimos avançar e não encontramos resquícios de povos antepassados. Até o ponto onde foi possível entrar, constatou-se apenas que ela tem continuidade. Havia dificuldade por ter água no caminho e ela estar muito úmida, o que dificultava a continuidade do caminho.
Ao buscar a caverna do Keller, próximo ao rio, apesar da caminhada em mata e rio de mais de 10km, não a encontramos. As pessoas que moram por lá não tem conhecimento ou não querem dizer de fato onde está a cavidade.
Durante a busca, foi possível ver resquícios de pioneirismo colonizador pela região, através de ruínas, casas e outras construções.


A equipe continua em busca de cavernas com resquícios, afloramentos lítico/cerâmicos e outros materiais do passado da região.

Aproveitando o ensejo, seguem algumas dicas a quem for se aventurar a explorar alguma caverna (fonte: 360graus.com.br):



01- Nunca entre numa caverna sem a companhia de outras três pessoas, dentre as quais, um guia experiente.

02- Jamais arrisque escalar rochas ou descer abismos sem o equipamento necessário ou sem saber como usá-lo corretamente.

03- Em nenhum momento pode faltar luz, senão o explorador acaba preso na escuridão. Portanto, o acompanhamento de guias especializados é fundamental.

04- Previsões de chuvas e nuvens devem ser respeitadas. Em muitas cavernas passam rios que se enchem com facilidade. Dê preferência para estações de pouca precipitação, como o inverno, ou cavernas preparadas para o turismo.

05- Escolha roupas confortáveis, resistentes em tecidos de algodão (um macacão de frentista ou de mecânico, por exemplo). Para os pés, use um tênis para trekking ou semelhante. Não use tênis de solado liso.

06- Leve um agasalho extra, pois as travessias de rios são constantes e facilitam o resfriamento do corpo num ambiente normalmente úmido e de temperatura estável de 17 graus.

07- Antes de seguir em direção a alguma caverna, comunique a várias pessoas o local para onde vai sua expedição e horário previsto para o retorno.

08- O cuidado com a preservação é fundamental. Não se pode deixar sequer um papel de bala ali dentro. Também não é permitido levar souvenirs. Cada espeleotema cresce apenas 1mm por ano.

09- Procure relaxar antes de entrar numa caverna. Lembre-se de que estará num mundo de silêncio e escuridão, onde com cuidado se observará melhor cada detalhe.

10- Não retire ou quebre nada das cavernas, tomando cuidado especial com as formações (espeleotemas) que preenchem o teto, paredes e pisos destas. Ao caminhar, fique atento para não pisar em espeleotemas, quebrá-los ou esfumaçá-los com capacete, evitando ao máximo tocá-lo.

11- Não fume no interior das cavernas. A fumaça é prejudicial a esse delicado ambiente e às pessoas que o acompanham.

12- Qualquer tipo de resíduo orgânico ou inorgânico deve ser transportado para o exterior da caverna em sacos plásticos e depositados nos latões de lixo. Ex. carbureto já utilizado, pilhas, papéis, cascas de frutas, etc. Desta forma, tenha sempre sacos plásticos na sua bagagem.

13- Respeite a fauna cavernícola apenas observando-a: (aranhas, grilos, opiliões, morcegos, peixes, etc).

14- As cavernas apresentam obstáculos naturais. Não se arrisque, assim como não exponha pessoas inexperientes e sem preparo físico às situações de risco.

15- Caso você se perca na caverna, não se desespere, fique no local e aguarde por auxílio. O trabalho de resgate será facilitado se forem respeitadas todas as instruções.

Lema internacional da espeleologia
"DE UMA CAVERNA NADA SE TIRA A NÃO SER FOTOGRAFIAS, NADA SE MATA A NÃO SER O TEMPO, NADA SE DEIXA A NÃO SER PEGADAS NOS LUGARES CERTOS".

Um comentário:

Anônimo disse...

por ignorancia
um patrimonio historico esta se perdendo
uma pena...no futuro vamos lamentar...
entao sera tarde...
as riquesas que temos...certamente vao ser aterradas
por lamas e residuos de chuvas.O que vamos deixar
pros nossos netos etc...nada com certeza